Voz Passiva e Voz Ativa: Diferenças e Como Usá-las Eficazmente

Quando escrevemos, as escolhas que fazemos com relação à estrutura das frases podem ter um impacto significativo na clareza, no engajamento e na eficácia da comunicação. Uma dessas escolhas envolve o uso da voz ativa ou da voz passiva. Mas qual é a diferença entre elas e como utilizá-las de forma eficaz? Vamos explorar esses dois conceitos fundamentais da gramática.

O que é a Voz Ativa?

Na voz ativa, o sujeito da frase realiza a ação expressa pelo verbo. Essa estrutura é geralmente mais direta, clara e envolvente, o que a torna a escolha preferida para a maioria dos escritores. Uma frase em voz ativa segue uma estrutura simples: Sujeito + Verbo + Objeto.

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Exemplo:

  • O professor explicou a matéria.
    • Sujeito: O professor
    • Verbo: explicou
    • Objeto: a matéria

Aqui, o sujeito (o professor) está claramente realizando a ação de explicar algo. A frase é direta e fácil de entender.

O que é a Voz Passiva?

Na voz passiva, o foco da frase está no objeto da ação, e não no sujeito que a realiza. Isso significa que a estrutura da frase é invertida, colocando o objeto no início e o sujeito, muitas vezes, é omitido ou deixado para o final da frase. A estrutura básica da voz passiva é: Objeto + Verbo Auxiliar + Particípio Passado (Verbo Principal) + (por Sujeito).

Exemplo:

  • A matéria foi explicada pelo professor.
    • Objeto: A matéria
    • Verbo auxiliar: foi
    • Verbo principal: explicada
    • Sujeito: pelo professor

Embora a informação transmitida seja a mesma, a ênfase aqui está na “matéria”, e não no “professor”. A voz passiva pode ser útil quando queremos destacar o que foi feito, e não quem fez.

Quando Usar a Voz Ativa?

A voz ativa é geralmente preferida na escrita porque torna as frases mais claras e dinâmicas. Isso é especialmente importante em contextos como:

  1. Textos Publicitários: Para criar uma conexão imediata e envolvente com o leitor.
    • Exemplo: Compre agora e ganhe 10% de desconto!
  2. Instruções ou Guias: Para manter a clareza e facilitar o entendimento das ações a serem realizadas.
    • Exemplo: Clique no botão para finalizar sua compra.
  3. Conteúdos de Blog e Artigos: Para tornar a leitura mais fluida e envolvente.
    • Exemplo: Os especialistas recomendam praticar exercícios físicos regularmente.

Ao usar a voz ativa, você deixa o texto mais fluido e engajador, criando uma relação mais próxima com o leitor.

Quando Usar a Voz Passiva?

Embora a voz ativa seja geralmente preferida, a voz passiva tem seu lugar na escrita. Ela pode ser útil em várias situações, como:

  1. Quando o Sujeito Não é Importante ou é Desconhecido:
    • Exemplo: O documento foi perdido. Nesse caso, o foco está no documento, e o responsável pela ação não é relevante ou não é conhecido.
  2. Quando Queremos Destacar o Objeto da Ação:
    • Exemplo: A nova política foi aprovada pela empresa. Aqui, o destaque está na “nova política”, e não necessariamente na empresa que a aprovou.
  3. Em Escrita Formal ou Científica:
    • Exemplo: Os dados foram analisados com cuidado. Na escrita acadêmica, a voz passiva é frequentemente usada para dar ênfase aos processos ou resultados, em vez de quem os realizou.

Erros Comuns ao Usar Voz Passiva

Apesar de sua utilidade, o uso excessivo da voz passiva pode tornar o texto confuso ou monótono. Alguns erros comuns incluem:

  • Frases Longas e Difíceis de Acompanhar: Quando usamos muitas frases em voz passiva seguidas, o texto pode se tornar cansativo.
  • Falta de Clareza: Às vezes, ao omitirmos o sujeito na voz passiva, deixamos o leitor confuso sobre quem realizou a ação.

Para evitar esses problemas, é sempre importante equilibrar o uso de voz passiva com a voz ativa, garantindo que o texto seja claro e fácil de ler.

Dicas para Escolher Entre Voz Ativa e Voz Passiva

  1. Priorize a Voz Ativa: Sempre que possível, opte pela voz ativa para manter a clareza e o dinamismo do texto. Isso é especialmente relevante em conteúdos de marketing, blogs e instruções.
  2. Use a Voz Passiva com Moderação: Utilize a voz passiva apenas quando ela for necessária para o contexto. Por exemplo, em textos acadêmicos, pode ser adequado colocar ênfase no objeto da ação.
  3. Releia seu Texto: Ao revisar, tente transformar frases em voz passiva para voz ativa. Isso ajudará a manter o texto mais conciso e envolvente.

Conclusão

A escolha entre voz ativa e voz passiva deve ser estratégica, baseada no que você deseja enfatizar em seu texto. A voz ativa é geralmente mais clara, direta e eficaz para manter o engajamento do leitor, enquanto a voz passiva pode ser útil para destacar objetos ou resultados. Ao entender essas diferenças, você será capaz de criar textos mais eficazes, independentemente do contexto.

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