A contação de histórias para crianças cegas

A contação de histórias para crianças cegas

Neste post, vou compartilhar algumas dicas e recursos que podem ajudar os educadores a contar histórias para crianças cegas de forma eficaz e inclusiva. A contação de histórias para crianças cegas requer algumas adaptações e cuidados especiais, mas também pode ser uma experiência muito enriquecedora e divertida para todos os envolvidos.

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Algumas dicas para contar histórias para crianças cegas são:

  • Escolher histórias que tenham uma linguagem simples, clara e expressiva, que transmitam as emoções e as ações dos personagens de forma vívida e envolvente.
  • Usar recursos sonoros, como músicas, instrumentos, sons da natureza ou objetos cotidianos, para criar uma atmosfera sonora que acompanhe a narrativa e estimule a audição das crianças.
  • Usar recursos táteis, como livros em braille, objetos tridimensionais, texturas ou materiais variados, para permitir que as crianças explorem os elementos da história com as mãos e sintam as formas, os tamanhos, os pesos e as temperaturas dos objetos.
  • Usar recursos olfativos e gustativos, como aromas, temperos ou alimentos relacionados à história, para despertar os sentidos das crianças e criar uma conexão com o contexto da narrativa.
  • Interagir com as crianças durante a contação de histórias, fazendo perguntas, solicitando opiniões ou sugestões, incentivando a participação ativa e o diálogo entre elas.
  • Respeitar o ritmo e as necessidades das crianças cegas, adaptando o tempo e o modo de contar a história de acordo com o interesse e a compreensão delas.

Alguns recursos que podem auxiliar na contação de histórias para crianças cegas são:

  • Livros em braille: são livros escritos em um sistema de pontos em relevo que podem ser lidos com os dedos pelas pessoas cegas. Existem livros em braille de diversos gêneros e temas, desde clássicos da literatura infantil até livros informativos sobre ciências ou geografia. Alguns livros em braille também possuem ilustrações em relevo ou em alto contraste, que podem ser percebidas pelas crianças com baixa visão ou visão subnormal.
  • Livros sonoros: são livros que possuem um dispositivo eletrônico que reproduz sons gravados relacionados à história. Os sons podem ser acionados pelas crianças ao tocar em botões ou sensores nas páginas do livro. Os livros sonoros podem ter sons de vozes humanas narrando a história ou de animais, objetos ou ambientes que fazem parte da trama.
  • Livros táteis: são livros que possuem elementos tridimensionais ou texturas nas páginas que podem ser tocados pelas crianças. Os elementos táteis podem representar os personagens, os cenários ou os objetos da história. Os livros táteis podem ser feitos com materiais diversos, como tecidos, plásticos, borrachas, madeiras ou metais.
  • Objetos tridimensionais: são objetos reais ou miniaturas que podem ser usados para ilustrar ou complementar a história. Os objetos tridimensionais podem ser animais de pelúcia, bonecos, brinquedos, utensílios domésticos ou qualquer outro item que tenha relação com a narrativa. Os objetos tridimensionais podem ser manipulados pelas crianças durante a contação de histórias ou usados como apoio para recontar ou criar novas histórias.
  • Maquetes: são representações em escala reduzida de lugares ou situações que fazem parte da história. As maquetes podem ser feitas com materiais recicláveis, como caixas, garrafas, tampinhas ou palitos, ou com materiais naturais, como areia, pedras, folhas ou galhos. As maquetes podem ser exploradas pelas crianças com as mãos ou com os pés, permitindo que elas se situem espacialmente e imaginem os cenários da narrativa.

A contação de histórias para crianças cegas é uma atividade que pode trazer muitos benefícios para o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e cultural das crianças. Além de estimular a criatividade, a memória, a linguagem e a comunicação, a contação de histórias também pode promover a inclusão, a diversidade, a empatia e o respeito pelas diferenças. Por isso, vale a pena investir nessa prática e descobrir as possibilidades que ela oferece.

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