No dia 23 de agosto de 2024, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deu início ao projeto “Mentes Literárias: da Magia dos Livros à Arte da Escrita”, no Centro de Detenção e Ressocialização de Linhares, Espírito Santo. Essa iniciativa visa ampliar o acesso à leitura e escrita para pessoas privadas de liberdade, como parte da estratégia nacional do programa Fazendo Justiça, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o apoio da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
O projeto Mentes Literárias busca transformar vidas e promover a reintegração social por meio da leitura. A proposta inclui rodas de leitura, apresentações teatrais e a gravação de podcasts com a participação de detentos. O projeto se estenderá para outras unidades prisionais em estados como Alagoas, Bahia, Mato Grosso e Tocantins, com a perspectiva de alcançar todo o Brasil.
O supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e de Medidas Socioeducativas (DMF) do CNJ, José Rotondano, destacou que “a literatura não apenas abre portas, mas também constrói pontes para um futuro mais promissor e digno”. Ele enfatizou a importância de oferecer novos horizontes para as pessoas privadas de liberdade por meio dos livros e da escrita.
A iniciativa também visa a remição de pena através da leitura, seguindo as diretrizes da Resolução CNJ nº 391/2021. O projeto contará com a parceria de editoras e outros atores-chave para garantir seu desenvolvimento e sustentabilidade.
O lançamento em Linhares incluiu uma capacitação para mediadores de leitura, organizada em parceria com a Companhia das Letras. A formação preparou servidores das unidades prisionais e equipes dos Escritórios Sociais, com o objetivo de promover práticas educativas voltadas à leitura e à escrita.
O Mentes Literárias representa um esforço conjunto para reafirmar o compromisso com a transformação e a reintegração social, mostrando que, com comprometimento e cooperação interinstitucional, é possível mudar vidas e oferecer novas oportunidades para aqueles que estão em privação de liberdade.
Para mais informações, acesse o site oficial do CNJ.
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