Concordância Nominal

A concordância nominal é um dos pilares fundamentais da gramática na língua portuguesa. Ela se refere à harmonia que deve existir entre os substantivos e os seus adjuntos, que podem ser adjetivos, pronomes, artigos, numerais ou qualquer palavra que tenha a função de qualificar ou quantificar o substantivo. Esse aspecto da língua é crucial para garantir clareza e precisão na comunicação escrita e falada.

O que é Concordância Nominal?

A concordância nominal ocorre quando há uma correspondência entre o gênero (masculino ou feminino) e o número (singular ou plural) do substantivo e seus complementos. Por exemplo, na frase “As flores bonitas desabrocharam no jardim”, a palavra “flores” é um substantivo feminino plural, e os adjetivos “bonitas” e o artigo “As” concordam com ele em gênero e número.

Regras Básicas da Concordância Nominal

Para aplicar a concordância nominal corretamente, é importante seguir algumas regras básicas:

  1. Adjetivos Concordando com Substantivos:
    • Se o substantivo é singular, o adjetivo também deve estar no singular. Exemplo: “O livro interessante.”
    • Se o substantivo é plural, o adjetivo deve estar no plural. Exemplo: “Os livros interessantes.”
  2. Concordância com Artigos e Pronomes:
    • O artigo e o pronome também devem concordar em gênero e número com o substantivo. Exemplo: “Aquela casa velha foi demolida.” (substantivo feminino singular).
  3. Substantivos de Gêneros Diferentes:
    • Quando o adjetivo se refere a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes, deve concordar no masculino plural. Exemplo: “O carro e a moto novos.”

Casos Especiais na Concordância Nominal

Existem situações específicas em que a concordância nominal pode parecer um pouco mais complexa, mas as regras seguem a mesma lógica de harmonia entre as palavras:

  1. Substantivos Coletivos:
    • Mesmo sendo coletivos, o adjetivo deve concordar com o coletivo. Exemplo: “A multidão agitada se dispersou.” (substantivo coletivo singular).
  2. Adjetivos Antecedendo Substantivos:
    • Quando o adjetivo vem antes de substantivos de gêneros diferentes, a concordância pode ocorrer no gênero masculino ou no gênero do substantivo mais próximo. Exemplo: “Bonitos carro e casa” ou “Bonita casa e carro.”
  3. Expressões Idiomáticas:
    • Algumas expressões, especialmente as idiomáticas, podem não seguir estritamente as regras de concordância nominal, mas ainda assim são aceitas na língua. Exemplo: “Em mãos” (ao invés de “em mão”, para “em minha mão”).

Erros Comuns na Concordância Nominal

A concordância nominal pode, por vezes, gerar dúvidas, levando a erros frequentes. Um erro comum é a falta de concordância entre o adjetivo e o substantivo quando este último está no plural. Por exemplo, “As casa bonita” deveria ser “As casas bonitas”.

Outro erro recorrente é na concordância com pronomes indefinidos, como “algum” ou “qualquer”. Por exemplo, a frase “Qualquer pessoa pode vir” está correta, mas ao pluralizar “pessoa”, a frase deve se tornar “Quaisquer pessoas podem vir.”

Importância da Concordância Nominal

A concordância nominal não é apenas uma regra gramatical, mas também uma ferramenta essencial para garantir que a comunicação seja clara e compreensível. Ao dominar a concordância nominal, o falante ou escritor assegura que seu discurso seja percebido como preciso e cuidadoso, refletindo uma boa compreensão da língua e respeito pelas suas normas.

Além disso, a correta aplicação da concordância nominal evita ambiguidades e mal-entendidos, especialmente em contextos formais, como em redações acadêmicas, documentos oficiais e comunicação empresarial.

Conclusão

A concordância nominal é uma regra gramatical que demanda atenção aos detalhes, mas seu domínio é fundamental para qualquer pessoa que deseje se comunicar de forma correta e eficaz na língua portuguesa. Ao seguir as regras e compreender as nuances, o uso correto da concordância nominal se tornará natural e intuitivo, enriquecendo a qualidade da escrita e da fala.

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