A literatura de cordel é uma forma de expressão cultural popular que surgiu no Nordeste do Brasil, inspirada nas tradições orais e escritas dos trovadores medievais da Península Ibérica. O nome cordel vem do fato de que os folhetos impressos com os poemas eram pendurados em cordas ou barbantes nas feiras e mercados, para atrair os compradores.
A importância da literatura de cordel está na sua capacidade de retratar a realidade, a história, a cultura, os valores, os conflitos, as crenças e os sonhos do povo nordestino, de forma simples, criativa, humorística e crítica. A literatura de cordel também é um meio de preservar e difundir a língua portuguesa, especialmente as variantes regionais, os sotaques, as gírias e as expressões típicas do Nordeste.
A literatura de cordel é composta por versos rimados, geralmente em sextilhas (estrofes de seis versos) ou em décimas (estrofes de dez versos), que seguem uma métrica e uma cadência próprias. Os temas são variados, podendo abordar desde fatos históricos, políticos e sociais, até lendas, mitos, romances, aventuras e ficção científica. Alguns dos autores mais famosos da literatura de cordel são Leandro Gomes de Barros, Patativa do Assaré, João Martins de Athayde e Antônio Gonçalves da Silva.
Ela é acompanhada por ilustrações chamadas de xilogravuras, que são feitas em madeira e reproduzidas em papel. As xilogravuras complementam o sentido dos versos e dão um toque artístico e original aos folhetos. Alguns dos artistas mais reconhecidos da xilogravura são J. Borges, Abraão Batista e Dila.
A literatura de cordel é um patrimônio cultural brasileiro, que merece ser valorizado e divulgado. Ela representa a identidade, a diversidade e a riqueza do povo nordestino, que soube transformar as dificuldades da vida em arte e poesia.
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