Você está visualizando atualmente Monteiro Lobato

Monteiro Lobato

Monteiro Lobato foi um dos maiores escritores e editores brasileiros do século XX, conhecido principalmente por sua obra de literatura infantil, O Sítio do Picapau Amarelo. Neste artigo, vamos conhecer um pouco mais sobre sua biografia e suas principais obras.

Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté, São Paulo. Filho de fazendeiros, ele cresceu em meio à natureza e aos livros da biblioteca de seu avô, o Visconde de Tremembé. Desde cedo, demonstrou seu gosto pela leitura e pela escrita, além de seu temperamento rebelde e questionador. Aos 14 anos, foi estudar em São Paulo, no Instituto de Ciências e Letras. Em 1900, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, por imposição do avô, mas seu interesse era pelas artes.

Em 1904, formou-se em Direito e voltou para Taubaté, onde conheceu sua futura esposa, Maria Pureza Natividade. Em 1907, foi nomeado promotor público na cidade de Areias, no Vale do Paraíba. Nessa época, começou a escrever artigos para jornais e revistas, usando vários pseudônimos. Em 1911, herdou uma fazenda de seu avô e se mudou para lá. Foi nessa fazenda que ele se inspirou para criar o cenário de suas histórias infantis.

Em 1917, vendeu a fazenda e se dedicou à literatura e ao jornalismo. Fundou a revista Paraíba e colaborou com a Revista do Brasil, onde defendia a cultura nacional e criticava os problemas sociais do país. Em 1918, publicou seu primeiro livro de contos, Urupês, que retrata a vida dos caipiras do Vale do Paraíba. Nesse livro, aparece pela primeira vez o personagem Jeca Tatu, que se tornaria um símbolo da identidade brasileira.

Em 1920, publicou seu primeiro livro infantil, A Menina do Narizinho Arrebitado, que foi um sucesso de vendas. A partir daí, ele criou uma série de livros que formam o universo do Sítio do Picapau Amarelo, onde vivem personagens como Narizinho, Pedrinho, Dona Benta, Tia Nastácia, Emília e Visconde de Sabugosa. Nessas histórias, ele mistura elementos da cultura brasileira com referências da literatura universal, criando um mundo fantástico e divertido.

Em 1924, fundou sua própria editora, a Monteiro Lobato & Cia., que depois se tornaria a Companhia Editora Nacional. Ele foi um pioneiro na edição de livros no Brasil, introduzindo novas técnicas de impressão e distribuição. Ele também traduziu obras importantes para o português, como Alice no País das Maravilhas e Robinson Crusoé.

Em 1927, foi nomeado adido comercial do Brasil em Nova York, onde ficou até 1931. Nesse período, ele se interessou pelo petróleo e pela exploração mineral no Brasil. Ele escreveu vários livros sobre o assunto, como O Escândalo do Petróleo e O Poço do Visconde. Ele defendia a exploração nacional do petróleo e criticava a interferência estrangeira nos recursos naturais do país.

Em 1941, foi preso pelo governo de Getúlio Vargas por causa de suas opiniões políticas. Ele ficou dois meses na prisão e depois foi libertado sob fiança. Em 1946, mudou-se para a Argentina, onde fundou outra editora: a Editorial Acteón. Em 1947, voltou para São Paulo e continuou escrevendo até sua morte.

Monteiro Lobato faleceu em 4 de julho de 1948, aos 66 anos. Ele deixou uma obra vasta e diversificada, que abrange contos, romances, ensaios e cartas. Ele é considerado um dos maiores nomes da literatura brasileira e um dos precursores do modernismo no país.

Deixe um comentário